Este Blog andava super parado, porque a vida tem sido uma correria, mas não poderia deixar de fazer um post sobre a minha preocupação na epidemia da purpurina.
Quem é que nunca fez trabalho com purpurina? Ninguém com dedo no ar, aposto.
Quem é que não ama purpurina? A maioria colocou o dedo no ar.
Quase todos nós gostamos não é mesmo?
Eu sei que amava quando era mais nova, esquecendo claro o árduo trabalho de mesmo depois de meses ainda conseguir encontrar purpurina em lugares que nem sabe bem como foi ali parar.
Uma chatice não é?
Se é; mas o problema não está aí!
Essa mesma característica que permite os infames e minúsculos pedacinhos brilhantes perdurarem na sua casa é a mesma que o faz perdurar nos nossos Oceanos causando um enorme impacto ambiental.
A purpurina são micro-partículas de plástico que acabam nos Oceanos.
Um dos motivos pelo qual nunca trouxe nada com purpurina para o Bosque Feliz, deve-se a isso mesmo... plástico descartável e poluente.
O consumo e oferta aqui vai para além do natural e do sem plástico. É uma preocupação continua com o antes, durante e o depois. Para onde vai e como reciclamos.
Vejo o amor que as mães e os educadores colocam nas suas atividades brilhantes com purpurina, vejo as dezenas de post com potes da calma, com enfeites de Natal brilhantes, com pinturas de fazer cair o queixo, mas não consigo colocar like em nenhum post ou produto que envolva a purpurina ou glitter. O mal que causam é enorme. E se fizesse like estaria a dizer que “não faz mal”, por isso abstenho-me de dar like ou comentar.
No entanto, isso me fez pensar: “Eu jamais iria invadir o post de alguém e estar sempre a pregar os meus valores, mas entoa como fazer a diferença? Talvez as pessoas que utilizam purpurina não sabem desse impacto... então como ajudar a criar consciência?”
Escrevendo aqui no Blog e quem estiver interessado poderá se informar.
Não desanimem.
Há alternativas naturais e caseiras.
Como a maioria das alternativas, essa não é perfeita, mas dá para o efeito. Acreditem.
Simplesmente: Cascas de ovo quebradas e parcialmente trituradas e depois coloridas preenchem a função e as crianças adoram do mesmo jeito. Já está a ser utilizada por várias escolas e no UK ano passado houve várias creches que aboliram o micro-plástico em prol de alternativas amigas do ambiente.
Gosto sempre de reforçar que este artigo do Blog vai de encontro com os meus valores e vontade de informar, não é de todo um julgamento ou um ataque pessoal aos potes da calma, aos trabalhos manuais dos jardins de infância ou aos profissionais e pais que utilizam. É sim, uma tentativa de gerar consciência; é sim, um alerta; é sim, um pedido de ajuda para todos nós, juntos, possamos encontrar soluções mais ecológicas e ensinemos o respeito ambiental aos mais pequenos.
Há umas novidades os bioglitter, mas não se animem, porque ainda contém sintéticos, apesar de em menor quantidade.
Leiam mais sobre o impacto da purpurina aqui
https://www.google.pt/amp/s/relay.nationalgeographic.com/proxy/distribution/public/amp/2017/11/glitter-plastics-ocean-pollution-environment-spd
E aqui:
https://www.google.pt/amp/s/www.bbc.com/portuguese/amp/brasil-42797763